Oludara é originário do reino do Ketu na África Ocidental. Embora tivesse apenas vinte e três anos quando começou as suas aventuras com Gerard van Oost, o povo dele já o considerava sábio. Até o Oba do Ketu consultou Oludara para descobrir como vencer um monstro usando esperteza quando cinquenta guerreiros não conseguiram superá-lo usando apenas a força!

Embora Oludara nunca tenha recebido uma educação formal como Gerard, ele estuda e pondera tudo ao seu redor. Ele aprendeu muito na savana Africana, escutando a sabedoria do seu povo e do seu pai lendário, um herói assassinado no ato de proteger a vila de um monstro temível, quando Oludara tinha apenas doze anos.

Gerard depende da inteligência e esperteza do Oludara para se safar em momentos de apuros, mas Oludara também sabe lutar. Ele é especialista na lança e arco, e dizem que a faca de mármore em sua posse é originada do orixá Xangô.

Oludara não busca fama e aventura como seu companheiro Gerard, mas também não as evita. Suas viagens com Gerard pela selva brasileira já viraram lendas!

(Ilustração – Paulo Ítalo)

Gerard cresceu na Holanda e na França no período da história europeia que chamamos hoje de Renascimento. Ele recebeu uma educação refinada e fala seis idiomas. Ele é a verdadeira definição do “homem renascentista”.

Gerard é especialista em arcabuz e na espada do tipo rapieira, a qual ele estudou sob a supervisão dos mestres da Bolonha. Embora tenha recebido uma educação clássica, frequentando universidades europeias, ele não confia no seu juízo em momentos críticos. Nestas ocasiões ele acostuma deixar o planejamento com Oludara, seu fiel companheiro.

Gerard fascinou-se com o Brasil desde cedo, quando seus pais o levaram com quatro anos de idade para ver a festa brasileira em Rouen. Na ocasião, para comemorar a visita do então Rei Henrique II da França, a réplica de uma aldeia indígena foi erguida no meio da cidade, com animais e índios enviados do Brasil!

O sonho do Gerard é viver como Teseu e os outros heróis gregos da antiguidade, lutando contra monstros e tendo aventuras em terras estranhas. Felizmente para ele, a selva inexplorada do Brasil Colonial–cheia das criaturas do nosso folclore — lhe serve perfeitamente!

(Ilustração – Paulo Ítalo)