The World of Gerard van Oost and Oludara

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Orixá

Os orixás são os deuses da religião dos iorubas (associados com culutra Itan). Eles são adorados em religiões como Candomblé (Brasil), Santeria (Cuba) e muitas outras. Em alguns casos, existem centenas de orixás.

Dois dos orixás mais conhecidos incluem Iemanjá (“Mãe cujos filhos são peixes”), orixá do mar e figura maternal da humanidade, e Xangô, orixá de raios e o trovão.

Adivinhação Ifá

Em “O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara”, o Oba Ekoshoni conta para Oludara: “Você foi convocado até aqui porque meus adivinhos fizeram uma consulta ao Oráculo Ifá. Eles me disseram para procurar pela descendência de um homem que me ajudou tempos atrás.”

A Adivinihação Ifá começa com Orunmilá, o orixá iorubano de profecia. Às vezes, Orunmilá é chamado de “Deus de Caroços”, por causa dos 16 caroços de dendê usados no processo de adivinhação. Ele é também chamado de Ifá, o mesmo nome dado ao seu conhecimento. Seus sacerdotes são conhecidos pelo nome babalawo, ou “Pai dos Segredos”, porque eles possuem conhecimento e os meios de repassar este conhecimento ao resto da humanidade. Por isso, Orunmilá é considerado um deus de sabedoria é o benfeitor principal da humanidade.

O processo de adivinhação dos babalawos é complexo, e o texto a seguir é uma grande simplificação:

Antes de aprender a arte de adivinhação, o babalawo tem que comprometer-se a decorar o conhecimento acumulado de Orunmilá, um conjunto de versos conhecido como Ifá. O sistema de Ifá é organizado em 256 conjuntos chamados de Odu. Dizem que Ifá representa toda situação, circunstância, ação e consequência possível na vida.

No ato de adivinhação, o babalawo se veste de branco—a cor de paz e pureza—que possibilita a sua comunicação com o mundo spiritual. Ele utiliza dezesseis caroços de dendê (Ikin), um pote (Ajere Ifa), uma bandeja de adivinhação (opon Ifá), um bastão (iroke Ifá), uma enxota (Irukere Ifa) e pó branco. O babalawo joga os caroços de uma mão à outra, e conforme o número de caroços que permanecem em cada mão, marca os pontos correspondentes na bandeja com figuras chamadas de “mães”.

Exemplo de uma bandeja de adivinhação Ifá (opon Ifa) e nozes de palmeira (Ikin)

(Imagem: Wikipedia, domínio público)

As figuras, após marcadas, correspondem aos conjuntos específicos de Ifá. O babalawo recita os versos associados com estes conjuntos, que ele pode usar para interpretar uma resposta à pergunta das suplicantes.

O Orixá Exu também recebe prestígio por causa do seu relacionamento com Ifá, pois é Exu que leva oferendas e sacrifícios aos orixás, e traz suas benções e punições de volta à Terra. Muitas vezes, o seu rosto aparece nas bandejas de adivinhação por esta causa.

Olorun

Em religiões baseadas nos deuses iorubanos (o Candomblé, por exemplo), Olorun é o deus supremo. Ele é o criador do universo e dos orixás.

Ao contrário dos orixás, Olorun não é venerado em cerimônias e não tem forma específica. Ele é um espírito todo poderoso. Ele deixa os orixás cuidar tanto da Terra quanto do Céu e não trata diretamente com as pessoas, embora determine seus destinos. Às vezes, ele media quando há problemas entre os orixás.

Embora ele não seja cultuado diretamente, Olorun pode ser invocado para pedir benções e agradecer graças recebidas. Por isso, no conto “O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara”, Oludara exclama: “Que Olorun nos proteja!” quando ele vê o Dragão Africano devorar um homem vivo; em outra cena, o Oba de Ketu diz para ele, “Que Olorun te proteja”.

Olorun também é conhecido como Olódùmarè e Olorum.