The World of Gerard van Oost and Oludara

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Nau

Em “O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara”, Piraju, o espanhol que “virou índio”, fala para Gerard: “Eu era marinheiro na nau espanhola Madre de Dios, que afundou aqui na Baia de Todos os Santos em 1535.”

A nau era um dos modelos mais importantes de nave durante a Era dos Descobrimentos. Ela tinha três ou quatro mastros, e usou uma combinação de velas latinas e redondas (velas quadradas que “arredondavam” com o vento).

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A nau São Gabriel de Vasco de Gama

(Fonte: http://museu.marinha.pt)

Muito maior que seus antecessores–a caravela e caravela redonda–a nau chegou a pesar até 600 toneladas. Assim, ela podia carregar muito mais peso, permitindo viagens marítimas mais longas, tanto para o comércio como para a guerra.

Exploradores como Cabral, Magalhães e Colombo usaram naus e caravelas.

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Réplica da nau Santa Maria de Cristóvão Colombo, 1904

(Fonte: Wikimedia Commons)

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Pintura da nau Santa Maria, por Andries van Eertvelt

(Fonte: Wikimedia Commons)

O galeão, navio com até duas vezes a massa da nau, começou a tomar o seu lugar durante o século XVI. Porém, as naus continuaram a ser usadas durante o século XVII

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Réplica da nau capitânia de Pedro Cabral

(Foto: Christopher Kastensmidt)

Caravela

Em “O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara”, Gerard fala da sua viagem de caravela da Europa até o Brasil.

A caravela é um navio com uma história impressionante. Foi utilizada pelos portugueses do século XV até o século XVIII! Porém, seu formato evoluiu bastante ao longo destes anos.

A construção da caravela foi inspirada em navios do Oriente Médio. As primeiras caravelas tinham dimensões de 20×6 metros e deslocamento (massa) de umas 50 toneladas. Estas caravelas utilizavam dois ou três mastros com velas latinas que as deixaram a navegar contra o vento. Seu pequeno porte e agilidade deram as caravelas uma grade vantagem, e elas foram muitas vezes utilizadas para transporte e exploração antes de mandar navios maiores de carga como o galeão.

Esse navio versátil ajudou a elevar Portugal ao nível de potência mundial no século XV.

 

(Imagem: Marinha do Brasil)

Versões posteriores combinaram três velas latinas com um mastro frontal de duas velas redondas (velas quadradas que se arredondavam com o vento).  As dimensões aumentaram para 30 metros de comprimento e um deslocamento de 150 toneladas.  Este novo navio ficou conhecido como “caravela redonda”.  As velas quadradas aumentaram a velocidade, enquanto o aumento do tamanho permitiu a adição de canhões.  Os navios passaram a valer tanto para combate quanto para transporte e exploração.

Caravela

(Imagem: Livro de Lisuarte de Abreu – século XVI)