The World of Gerard van Oost and Oludara

Archive for March, 2011

Press release – indicação Prêmio Nebula

Aqui no integral, o release brasileiro sobre a minha nomeação para o Prêmio Nebula.

Agradeço muito todos os websites que ajudaram com a divulgação estas últimas semanas, inclusive Universo Fantástico, Mundo Cult, Libernauta, Opperaa, Estúdio de Conteúdo, Idéias de Jeca Tatu, Museu do Terror, Cidade Phantástica, Literatura de Cabeça, Feevale, Exkola, Literatsi, Universo InsôniaTerra Magazine, Devir, Sono da Razão, Mensagens do Hiperespaço, Além das Estrelas, Leitura Escrita, From Bar to Bar, TVE (programa Estação Cultura), TV Assembléia (programa Autores e Livros), Zero Hora (Segundo Caderno), Jornal NH (Variedades), a página Orkut de folclore brasileiro, inúmeros Tweets e qualquer outro que não vi!

RELEASE – FEVEREIRO/2011                                

CONTATOS PARA A IMPRENSA

Luciana Thomé – (51) 9963-6540 – luthome@gmail.com

PRÊMIO NEBULA (EUA): Christopher Kastensmidt é finalista na edição 2011

A noveleta de fantasia brasileira O encontro fortuito de Gerard van Oost e Oludara é finalista do prêmio mais importante da literatura fantástica nos Estados Unidos

 

Conhecido como o Oscar da literatura fantástica por ser votado pelos profissionais da área, o Prêmio Nebula destaca, anualmente, os melhores trabalhos de ficção científica e fantasia publicados nos Estados Unidos. Na edição 2011, um dos finalistas é conhecido do público-leitor do gênero no Brasil. O norte-americano Christopher Kastensmidt, que vive no País há mais de 10 anos e reside em Porto Alegre (RS), está concorrendo na categoria melhor noveleta do Nebula com a história O encontro fortuito de Gerard van Oost e Oludara.

 

Essa primeira aventura da dupla de heróis criada por Kastensmidt fez sua estreia na revista norte-americana Realms of Fantasy (uma das mais importantes da área) em abril de 2010, com o título The fortuitous meeting of Gerard van Oost and Oludara. No Brasil, O encontro fortuito de Gerard van Oost e Oludara foi lançado em São Paulo pela Devir Editora no fim de 2010, no primeiro volume da coleção Duplo Fantasia Heróica. Em Porto Alegre, o lançamento ocorreu em janeiro de 2011. Ao contrário da grande maioria dos lançamentos do gênero, essa história é ambientada em território brasileiro.

A série, que terá continuação, é intitulada A bandeira do elefante e da arara, ou The elephant and macaw banner. Para divulgar a série, o escritor criou um site, onde publica arte, notícias e explicações sobre as referências históricas e culturais da série. O endereço é https://www.eamb.org/brasil/.

Assim como os antigos bandeirantes, O encontro fortuito de Gerard van Oost e Oludara também rompe o Tratado de Tordesilhas e abre o território e cultura brasileira para a literatura do tipo espada e feitiçaria — engendrada por escritores como Robert E. Howard (criador de Conan) e Fritz Leiber (criador da dupla Fafhrd e Gatuno) —, que combina aventura e criaturas sobrenaturais e fantásticas.

Na noveleta, Kastensmidt apresenta os personagens Van Oost, um aventureiro e viajante holandês, e Oludara, um guerreiro ioruba tomado como escravo. Eles se encontram em Salvador durante o Brasil Colônia, dispostos a, com muita astúcia e coragem, formar uma dupla de herois como nunca se viu.

Christopher Kastensmidt nasceu nos Estados Unidos, mas vive no Brasil há mais de dez anos, residindo em Porto Alegre. Cursou engenharia de computação na Rice University, em Houston, Texas. No Brasil, foi sócio da empresa Southlogic Studios, que mais tarde foi vendida para a Ubisoft, uma empresa multinacional de videogames junto à qual Kastensmidt se tornou diretor criativo. Criou o conceito original e design do jogo brasileiro mais vendido no exterior, o Casamento dos Sonhos, com mais de um milhão de vendas. Atualmente é professor e consultor, especialista em criação de narrativas e propriedade intelectual. Já publicou ficção em diversos países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Dinamarca, Escócia, Grécia, Polônia e República Checa.

PRÊMIO NEBULA – O Prêmio Nebula é organizado pela Science Fiction and Fantasy Writers of America (SFWA – www. www.sfwa.org). A cerimônia de entrega ocorrerá no final de semana de 19 a 22 de maio de 2011, em Washington – DC. Reconhecidos escritores do gênero fantástico como Isaac Asimov, Arthur C. Clarke e Neil Gaiman já foram premiados no Nebula. O site oficial do prêmio é www.nebulaawards.com. A lista completa de finalistas, divulgada no dia 22/fevereiro, está publicada em http://www.sfwa.org/2011/02/2010-nebula-nominees/.

Duplo Fantasia Heróica – Devir Editora (2010)

O ENCONTRO FORTUITO DE GERARD VAN OOST E OLUDARA, de Christopher Kastensmidt.

A TRAVESSIA, de Roberto de Sousa Causo (que também integra a edição)

Preço: R$ 15,90 (exemplar) / Formato: 9 x 15 cm / 128 páginas

(http://www.devir.com.br/literatura/fantasia_duplo-fantasia-heroica_v01.php)

Caravela

Em “O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara”, Gerard fala da sua viagem de caravela da Europa até o Brasil.

A caravela é um navio com uma história impressionante. Foi utilizada pelos portugueses do século XV até o século XVIII! Porém, seu formato evoluiu bastante ao longo destes anos.

A construção da caravela foi inspirada em navios do Oriente Médio. As primeiras caravelas tinham dimensões de 20×6 metros e deslocamento (massa) de umas 50 toneladas. Estas caravelas utilizavam dois ou três mastros com velas latinas que as deixaram a navegar contra o vento. Seu pequeno porte e agilidade deram as caravelas uma grade vantagem, e elas foram muitas vezes utilizadas para transporte e exploração antes de mandar navios maiores de carga como o galeão.

Esse navio versátil ajudou a elevar Portugal ao nível de potência mundial no século XV.

 

(Imagem: Marinha do Brasil)

Versões posteriores combinaram três velas latinas com um mastro frontal de duas velas redondas (velas quadradas que se arredondavam com o vento).  As dimensões aumentaram para 30 metros de comprimento e um deslocamento de 150 toneladas.  Este novo navio ficou conhecido como “caravela redonda”.  As velas quadradas aumentaram a velocidade, enquanto o aumento do tamanho permitiu a adição de canhões.  Os navios passaram a valer tanto para combate quanto para transporte e exploração.

Caravela

(Imagem: Livro de Lisuarte de Abreu – século XVI)

 

Boitatá

Histórias de serpentes gigantescas existem nas culturas de quase todas as civilizações humanas. Por isso, em “O Encontro Fortuito de Gerard van Oost e Oludara”, Gerard e Oludara se conhecem por causa de duas histórias de serpentes em lados opostos do mundo. Oludara conta a história do Dragão Africano, e Antonio Dias Caldas e Diogo falam da sua batalha contra outra serpente de proporções imensas: o Boitatá.

O Boitatá é um dos monstros mais antigos e famosos do Brasil. Seu nome vem do Tupi “mboi” (serpente) e “tatá” (fogo), e ele foi conhecido pelos povos brasileiros muito antes da chegada dos europeus.

Na série A Bandeira do Elefante e da Arara aparece uma versão desta criatura famosa. Este Boitatá sai apenas de noite; durante o dia ele se esconde no fundo de lagos e rios. Chamas azuis cobrem o seu corpo–chamas que queimam a carne de qualquer um que se aproxima, mas que não fazem dano alguma à vida vegetal.

Quando alguém chega perto o suficiente do bicho para enxergar através das chamas (uma manobra não aconselhável!), eles percebem que as escamas do bicho brilham com muitas cores, como o arco-íris que aparece na névoa de uma cachoeira.

Esferas de fogo queimam no lugar dos seus olhos, e qualquer um que fita aqueles olhos terríveis vai à loucura.

(Ilustração – Carolina Mylius)